sexta-feira, 9 de julho de 2010

Quase...

Eles estavam terminando. É, como dizem , "dois bicudos não se bicam!", e assim acabou o relacionamento entre Julio e Anita. Ou ao menos, quase acabou...
Julio ajudava seu pai na administração de sua pizzaria. E foi ali que os dois resolveram marcar para conversar.
Julio trouxe Anita a pizzaria e preparou-lhe uma mesa. No meio do salão. 
Se acomodaram em suas cadeiras, agiram normalmente para o pedido do jantar, e carinhosamente tocaram um, a mão do outro. E Julio iniciou. "Acho que precisamos conversar." 
Orgulhosa, Anita concordou com a cabeça, enquanto tomava alguns goles de sua bebida. E disse - A verdade é que não servimos para termos compromisso. Somos ótimos na cama, mas muito parecidos para um namoro sério.

Anita falou e somente falou. Terminando com um sorrizinho de "está tudo bem".
Eles realmente eram muito parecidos, e sempre muito amigos. Tudo aconteceu tão rapido com eles, que o namoro se tornou um compromisso dificil de assumir. 
Mas tudo parecia ir bem, a conversa fluia. Parecia que tinha sido tirado um peso de cima dos dois. Anita ainda se sentia desconfortavel por dentro. Algo nela ainda precisava digerir aquilo. Para o qual não há preparo suficiente.
Mas foi uma noite divertida. E o inesperado aconteceu.
Eles estavam conversando descontraidamente quando Julio avistou um amigo, que gritou-lhe o nome. Era Armando, um amigo desconhecido para Anita. Mas Julio se pôs a apresenta-los imediatamente. Anita fez questão de frizar "somos amigos" ao dizer seu nome, enquanto Julio convidava o amigo para juntar-se a eles naquela noite.
E começou ali.
Foi impressionante a empatia que surgiu entre Anita e Armando. Aquele rapaz simpático, que chegara dirigindo sozinho num fusca conservado. Muito animados, Julio quase se sentiu sem ambiente.
A intenção no fundo era atingir Julio. Anita por mais que tenha tentado ser forte, estava triste com a aparente indiferença de Julio àquele termino. A tratou como amiga o tempo todo. E, como precisava de vez enquando dar auxilio ao seu pai no escritorio, acabava deixando-os a sós na mesa.
E Armando se alegrou. Não sentiu o cheiro daquela confusão que surgia entre Julio e Anita. E se deixou levar em sua conversa. Sorria e se sentia a vontade para flertar com ela. Que correspondia discretamente.

Tudo bem que eles tinham acabado de terminar o relacioamento. Seria rapido demais ficar com outro. Mas não se tratava apenas de Anita. Armandou quase não pôde perceber que eles haviam tido algo. Eles estavam indiferentes um com outro em relação a isso. Armando não sabia que estava dando em cima da EX namorada do amigo.
E foi assim. Anita foi se permitindo. A concersa entre eles era boa, Armando falava coisas engraçadas, havia chegado na Cidade há pouco tempo, aquilo era novo para ela. Ela se interessou.
Mas Julio volta e meia, vinha a mesa, sentava-se um pouco. Tomava um gole de sua bebida e pedia linceça. Algo o incomodava.
Armando estava entretido co suas historias. Anita, por mais interessada que fosse, conhecia Julio. Mas queria deixar rolar. Ver o que aconteceria.
Foi que depois de algumas horas, o garçon veio a mesa para pedir a gentileza de Anita ir ate o escritorio. 
Primeiramente ela não entendeu nada. O garçon insitiu dizendo que o sr Julio a chamava.
Por duas vezes, ela respondeu "não se preocupe, já estou indo."
Mas a ultima, O garçon foi mais rude, com a desculpa que o Pai de Julio estava de saida e seu filho precisava de um favor de Anita.
Ela levantou-se meio na duvida e até mesmo, confusa com o que seria...mas pediu licença a Armando e seguiu ate o escritorio, que ficava atras da lanchonete. O Garçon não a levou ate lá, apenas a indicou.
Era uma sala a parte, com metade de ladrilhos de vidro que dava para ver o vulto de alguem dentro da sala. Era Julio.
Ela tentou abrir a porta, mas estava trancada. Falou baixinho "Julio? sou eu..." e este abriu com tamanha rapidez, que a puxou para dentro do escritorio sem nem mesmo deixar que ela se desse conta, que ele estava completamente nu. Nu, no escritorio da lanchonete, coma casa cheia, tirando ferozmente sua roupa e calando sua boca, caso quisesse (claro que nao queria!) impedir aquele "presentinho".
Julio a agarrou, segurando suas mãos.Ela ficava entre o medo e o êxtase. Medo do caso de alguem abrir a porta... " será que a fechei?", ´pensava entre um gemido e outro "..Deus!!!"
Ele tocava seus seios com a lingua, enquanto penetrava seu corpo indefeso.  Estavam suados. Julio não se preocupava com o barulho. Ele era silencioso. 
Ela que precisava morder seus lábios para calar seus gritos. 
Ao final, deitaram um sobre o outro numa rede que ficava na meia sala do escritorio. Deitados, suados e fitando os olhos um do outro.
Eles voltaram.

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