terça-feira, 30 de abril de 2013

Ordinária



E como.
Cuspo no gozo que me ofereces
Entre as pernas, entre os gritos
Molhando minhas mãos, minha pele
Esfregando minha face na tua nudez despudorada
Na tua carne violentada pelos meus desejos
Pelas minhas mãos quentes
Te viro, de costas posso ver tua face lacrimejar 
Tuas sensações, tuas vontades
Tua nuca...suada
Sinto o gosto de tuas polvorosas vergonhas
De tua chama entre as nádegas
“Morde”, me pedes
E em um tapa, esfrego minha palma na sua cara ordinária
Safada
Não há cama para tanta volúpia
Lençóis ao chão, roupas rasgadas
Me sobrou suas falas nos ouvidos, suas suplicas desvairadas
Suas marcas me ardem o corpo
E fundo, te faço espernear jargões chulos
Penetro nas tuas vulgaridades, nas tuas entranhas
Rasgo o laço, aperta em mim teus segredos e sinto em minhas mãos
Teu desejo. 
Teu deleite em mim.