quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quase um reencontro

Sexo. Ele só pensava em sexo.
Estava passando por uma fase difícil, por assim dizer.
Já havia desistido de suas investidas fracassadas em baladas e barzinhos. Estava entregando os pontos.
Nessa noite, estava tomando alguns drinks a mais e sozinho. Sentado no banco proximo ao balcão de bebidas, não queria mais nada. Apenas curtir sua fossa embreagando as lembranças ruins daqueles dias.
E entre um copo e outro, pediu licença ao garçon e foi ao banheiro. No caminho de volta, esbarrou com alguém que, naquele estado em que se encontrava, apenas lhe pareceu familiar.

Vinícius já havia tomados muitos drinks. Não costumava 'beliscar' muitos petiscos, de forma que logo ficou um pouco do que chamamos de 'legal'.


A mulher em que esbarrou era linda. Tinha cabelos curtos e lábios carnudos. Ele desculpou-se antes mesmo de olhar em seus olhos. E quando o fez, não conseguiu dizer mais nada.
Ficou calado fitando seus olhos e sua boca. Foram poucos segundos, mas quando retornou ao seu lugar, sentiu que havia algo a mais para descobrir alí.
Aquele encontro trouxe uma dúvida "de onde a conheço?", porque sentiu claramente que aquele mulher linda e, aparentemente sozinha, já havia passado por sua vida. Seja como for.
Enquanto pensava e pedia mais uma dose, sentiu um toque em seus ombros e uma voz perto de seu ouvido... "posso sentar-me aqui?".
Seu nome era Maiara. Um nome que não refletia nada em sua memória. E ele continuava intrigado, agora que podia observá-la melhor. Mais perto.
E com tantos pensamentos, Vinicius permaneceu calado tomando sua bebida. Mas, foi surpeendido pela sorte. E com um sorriso e uma simples palavra, Maiara mudou o destino de Vinicius. Pelo menos, aquela noite.

Ela estava com um lindo e curto vestido vermelho vinho. Que caia sobre seu corpo como uma seda. Delineando seus seios, e suas evidentes qualidades físicas. Ele mal conseguia disfarçar sua surpresa.
Mas se esforçou a noite inteira. Queria fazer diferente. Talvez viver um personagem diferente dele mesmo, para atiçar suas vontades e dar coragem aos seus impulsos.

Estavam num barzinho confortável, com iluminação que vestia o cenário daquela noite. Deixando o ambiente predominantemente à meia luz. Muitas pessoas, muitos rostos. A música convidava para dançar, e o salão insinuava o flerte. Ele queria apenas observar. Estava encantado com Maiara.
E ela falava somente com os olhos.
O mais intrigante, é que ele ainda não havia descoberto de onde a conhecia. E chegou a comentar com ela, mesmo parecendo clichê..."...mas sabe que sinto que já a vi antes?".
Maiara soltou apenas um discreto sorriso. Depois bebeu o que havia sobrado de sua bebida, pegou sua mão delicadamente e disse "vem comigo".
Ele não hesitou em acompanhá-la, e foram para o centro do salão. Perdidos no meio de tantos outros casais. Começaram a dançar.
Ela se aproximava cada vez mais de seu corpo. E Vinicius estava gostando daquele jogo de poucas palavras.

A noite estava uma delicia. Depois de muita dança, vários drinks e flertes cada vez mais descarados, Maiara pegou sua bolsa em cima do balcão, olhou para Vinicius e comentou que já estava de saída.
Antes de atravessar a porta de saída, virou-se e disse..."você vem?".
Forma milesimos de segundos para Vinicius bater seu copo em cima do balcão, deixar tres notas e segui-la em direção a saída.
Ele nem entrou em seu carro. Foi direto para o dela.
De lá, foram ao motel, onde passaram boas horas de muita diversão sexual. Ele pensava de onde havia saido aquela mulher decidida e insaciável. Era bom demais para ser verdade.
Ela tinha seios lindos, e sabia disso. Apertava-os um contra o outro, fazendo gestos obscenos, tocando seus labios com a lingua...e foi então que começou a falar.
Na verdade, foi quando mais falou. Nada que devesse ter dito no barzinho. Eram palavrões, mandando-o fazer o que quisesse. Gemendo, encostando seu corpo no dele, nua, suada e molhada.
Ele tambem estava com muito tesão. Completamente nu, encostava seu sexo no dela, fazendo-a gritar.
Vinicius estava molhado e com o corpo quente, fervendo. Apertava forte sua bunda, e pensava que delicia de corpo que aquela mulher tinha.


E a noite passou.
Ainda de manhã, nada havia sido dito de verdade entre eles. Nada que se devesse transcrever.

Passados alguns dias, Vinicius voltou a vê-la. Não pessoalmente, pois após aquela noite na qual sequer telefones foram trocados, ela sumiu.
Mas ele finalmente descobriu de onde a conhecia.
Ela estava guardada entre papeis e caixas, nas diversas fitas pornôs que lhe faziam companhia.




Like a dream.